segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

DO ASSENTAMENTO

Cabe expor, neste espaço a que eu mesmo me dediquei, a gratidão e a estima que tenho de certa cidade, amada e respeitada que foi até o fim de meus dias. No intento de manter escondida minha identidade, oculto alguns detalhes do assunto, mas à frente saberão de qual se trata e em qual momento me recebeu e fez feliz.

Quando do começo da composição a ser exposta, hei que encontrei impresso nas páginas de um jornal local os sonetos de jovens autores ganhadores de um concurso municipal. Os selecionados por mim são ilustrativos da glória da cidade em questão e, por tal, podem servir para mostrar meu amor a essa grande.

O primeiro, meu preferido dentre os dois, é o soneto de Gislaine Batista; o segundo é o soneto de Guilherme Araújo. Ambos jovens que, sem a experiência, já possuem o ingenium e a humanitas – louváveis; e, passando o tempo, adquirirão exercitatio e serão summus para Cícero. Meus cumprimentos aos jovens!

POEMA I Mister gênesis

Em meio a trigueiro e graúdo flúmenes
Surge então Canoas e cercanias
E em preito a alcaides e capitanias
****** abrolha antes que à Conceição acenes

Picadeiro de diferentes lemes
Café, calçado alvos de freguesias
Jubileu, Pelotão dando alegrias
Após a Anselmada que tanto temes

Urbe altiva e com aprazível clima
Arquétipo em qualidade de vida
A bola-ao-cesto vive na memória

Educação e esporte muito estima
Vinte e oito de novembro consolida
E iça o lábaro que entalha a história

POEMA II ****** cidade

A vós versos francamente declaro
A fim de bons corações inundar
Sobre as boas venturas de meu lar
Lugar onde se vive um prazer raro

Pouso tropeiro e aconchego raro
Do capim mimoso se fez o lugar
Que hoje em tradição sabe avivar
Nosso riso com caseiro amparo

Cidade fiel à grei paulista
Em nobres combates, com alma branca
A todo o estado trouxe conquista

Emoções do peito sempre arranca
Com maravilhas a perder de vista
Esta, não menos do que fui aqui, ******

Lindos poemas que apresento! Pena foi eu ter escondido o nome da cidade com ******, mas, por medo de ser descoberto, prefiro não a revelar. Embora eu saiba, no fundo, que com grande pesquisa nas citações dos poemas, possa se chegar à homenageada, assim deixo o já feito.

Agradeço muito à cidade que bem me recebeu em certo momento de minha passagem pela Terra. Ali fiquei durante um bom par de anos; depois fui para longe; voltei enfim àquela que amei. Até o fim de meus escritos, prometo saberão os leitores do que falo agora, com tamanha riqueza de detalhes, a ponto de minha máscara ficar ameaçada de cair do rosto que procuro construir aqui. Sem mais, dou continuidade!

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